Trabalhando produção textual com o tema " Carnaval."

Posted quinta-feira, 24 de janeiro de 2013 by PATRICIA MARQUEZINHO
    Podemos começar nossa aula, com uma atividade de produção de texto e criação... visando a integração dos alunos e descontração. Pode-se escolher uma "marchinha de carnaval" e através dela, produzir um cartaz com ilustrações das crianças, pode-se também buscar e falar sobre o compositor da marcha,   quando foi criada... como era comemorado o carnaval na época ... Enfim, podemos fazer uma viagem no túnel do tempo do Carnaval e até mesmo comparar com os dias atuais.
   Não se esqueça de expor os cartazes e atividades! Cante com as crianças a marchinha escolhida. Será bem legal !!!
   Selecionei algumas marchinhas conhecidas e legais para essa atividade. Coloquei também alguns videos sobre a história do carnaval que podem ser vistos antes da atividade...para dar um clima de inspiração. 


SACA-ROLHA
Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953)


As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca rolha
E bebo até me afogar
Deixa as águas rolar

Se a polícia por isso me prender
Mas na última hora me soltar
Eu pego o saca saca saca rolha
Ninguém me agarra ninguém me agarra

O TEU CABELO NÃO NEGA
Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931


O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor

Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata mulatinha meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor

Quem te inventou meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando faz careta
Porque mulata tu não és deste planeta

Quando meu bem vieste à terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da gama contra o batalhão naval

ALLAH-LÁ-Ô
Haroldo Lobo-Nássara, 1940


Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô

Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara

Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah

ABRE ALAS
Chiquinha Gonzaga, 1899 
* 1ª marchinha de carnaval do Brasil.

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar

ME DÁ UM DINHEIRO AÍ
Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959


Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!

Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!

MAMÃE EU QUERO
Jararaca-Vicente Paiva, 1936


Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar

Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana

Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal

A JARDINEIRA
Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938


Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu

Chiquita Bacana- Emilinha Borba

Chiquita Bacana lá da Martinica
Se veste com uma
Casca de banana nanica.
Não usa vestido, não usa calção;
Inverno pra ela é pleno verão.
Existencialista (com toda razão!),
Só faz o que manda o seu coração.
 videos para iniciar a atividade ( escolha o seu de acordo com a faixa etária e linguagem apropriada da sua turma.) :


" Lembranças de volta às aulas."

Posted sexta-feira, 4 de janeiro de 2013 by PATRICIA MARQUEZINHO
 Para saudar nossos alunos em seu retorno, podemos fazer algo pra marcar esse encontro...
Olhem que belas sugestões!





 



Mensagem para os professores no início do ano letivo.

Posted quinta-feira, 3 de janeiro de 2013 by PATRICIA MARQUEZINHO
Prezados professores,


Estar vivo é estar em conflito permanente,
produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão,
desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.

Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens
são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente,
através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais,
outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.

Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente
da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa,
da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.


Outra mensagem


Ser professor é professar a fé e a certeza de
que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz
pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...

Ser professor é consumir horas e horas pensando
em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo
todos os dias, a cada dia é única e original...

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e,
diante da reação da turma, transformar o cansaço
numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

Ser professor é importar-se com o outro numa
dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que
necessita de atenção, amor e cuidado.

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena,
sem sair do espetáculo".
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que
o aluno caminhe com seus próprios pés...
 



A mensagem a seguir fala da paixão pela vida, e para ensinar é preciso ter paixão.


"Não sei... 
se a vida é curta ou longa demais pra nós, 
mas sei que nada do que vivemos tem sentido, 
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe, braço que envolve,
palavra que conforta, silêncio que respeita,
alegria que contagia, lágrima que corre,
olhar que acaricia, desejo que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, 
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não 
seja nem curta, nem longa demais,
mas que seja intensa, verdadeira, 
pura...enquanto durar....“ 

(Cora Coralina)



A professora portuguesa Dionízia Maria conta um pouco de sua vida, acredito que seja uma boa mensagem para nossos professores.
Fui professora, educadora, diretora, mãe, pai, assistente social, enfermeira, protetora, amiga, cúmplice e cristã. De crianças de todos níveis de de idade e sexo numa Instituição Particular de Solidariedade Social e no Ensino Público, no 1º Ciclo do Ensino Básico, de norte ao sul de Portugal.Leccionei crianças pobres, ricas, marginais, ciganas, diferentes, deficientes, super dotadas etc...Fui reformada por invalidez, apenas com 540,00 mensais.Estou deprimida, triste, e vivo com muitas dificuldades econômicas  Mas, se eu nascesse de novo, escolheria a mesma profissão. Pois sinto muitas saudades dos meus alunos. Sinto que ainda tinha muito para dar e aprender.Ser professor é a profissão mais bela e muito gratificante. É uma profissão desafiante e mágica ao mesmo tempo.Vivo a beira de um escola e quando ouço a campainha do intervalo, passo a vida a espreitar e a contemplar os jogos, as brincadeiras no recreio. Sinto saudades da candura, da pureza imaculada das crianças.Tenho muitas saudades das crianças e dos pais do tempo que eu leccionava.Até a presente data , muitos ainda me chamam de professora. Sinto -me muito orgulhosa, no bom sentido da palavra.

Esta também é de Cora Coralina