Mensagem para os professores no início do ano letivo.

Posted quinta-feira, 3 de janeiro de 2013 by PATRICIA MARQUEZINHO
Prezados professores,


Estar vivo é estar em conflito permanente,
produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão,
desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.

Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens
são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente,
através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais,
outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.

Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente
da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa,
da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.


Outra mensagem


Ser professor é professar a fé e a certeza de
que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz
pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...

Ser professor é consumir horas e horas pensando
em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo
todos os dias, a cada dia é única e original...

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e,
diante da reação da turma, transformar o cansaço
numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

Ser professor é importar-se com o outro numa
dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que
necessita de atenção, amor e cuidado.

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena,
sem sair do espetáculo".
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que
o aluno caminhe com seus próprios pés...
 



A mensagem a seguir fala da paixão pela vida, e para ensinar é preciso ter paixão.


"Não sei... 
se a vida é curta ou longa demais pra nós, 
mas sei que nada do que vivemos tem sentido, 
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe, braço que envolve,
palavra que conforta, silêncio que respeita,
alegria que contagia, lágrima que corre,
olhar que acaricia, desejo que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, 
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não 
seja nem curta, nem longa demais,
mas que seja intensa, verdadeira, 
pura...enquanto durar....“ 

(Cora Coralina)



A professora portuguesa Dionízia Maria conta um pouco de sua vida, acredito que seja uma boa mensagem para nossos professores.
Fui professora, educadora, diretora, mãe, pai, assistente social, enfermeira, protetora, amiga, cúmplice e cristã. De crianças de todos níveis de de idade e sexo numa Instituição Particular de Solidariedade Social e no Ensino Público, no 1º Ciclo do Ensino Básico, de norte ao sul de Portugal.Leccionei crianças pobres, ricas, marginais, ciganas, diferentes, deficientes, super dotadas etc...Fui reformada por invalidez, apenas com 540,00 mensais.Estou deprimida, triste, e vivo com muitas dificuldades econômicas  Mas, se eu nascesse de novo, escolheria a mesma profissão. Pois sinto muitas saudades dos meus alunos. Sinto que ainda tinha muito para dar e aprender.Ser professor é a profissão mais bela e muito gratificante. É uma profissão desafiante e mágica ao mesmo tempo.Vivo a beira de um escola e quando ouço a campainha do intervalo, passo a vida a espreitar e a contemplar os jogos, as brincadeiras no recreio. Sinto saudades da candura, da pureza imaculada das crianças.Tenho muitas saudades das crianças e dos pais do tempo que eu leccionava.Até a presente data , muitos ainda me chamam de professora. Sinto -me muito orgulhosa, no bom sentido da palavra.

Esta também é de Cora Coralina

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